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Tarolando com minhas cartas

Muito comum ouvirmos até mesmo de tarólogos e cartomantes profissionais que quando tiramos cartas para nós mesmos, a consulta pode não funcionar com tanta eficiência. Será mesmo? Cabe aqui  pensarmos um pouco mais sobre essa questão. Quando iniciamos nossos estudos sobre a leitura de cartas, uma das primeiras coisas que estabelecemos através dos rituais de magnetização das cartas são os laços entre nós e elas – nossas amigas e conselheiras. São nossas, podem responder a nós e não devem ser manipuladas por outras pessoas. Há aqui um grau de proximidade inquestionável grande entre nós e nossas cartas, que só aumenta à medida em que conversamos com elas.  Se somos capazes de estabelecermos uma confiança tão grande com nossas cartas a ponto de entrarmos na energia de uma outra pessoa e aconselhá-la através da leitura do jogo, por que não funcionaria se fosse uma consulta ou aconselhamento sobre um momento difícil pelo qual passamos? Por que elas não nos ajudariam de maneira sábia a tomarmos uma decisão? Por que não seriam capazes de nos aconselhar, se são nossas, nosso instrumento de comunicação e aconselhamento? E vamos um pouco mais além. Como podemos confiar plenamente na leitura que fazemos para um consulente, se não confiamos plenamente em uma consulta que fazemos para nós mesmos?

Falando assim, nos parece bastante lógico, mas não é bem assim. Muitas vezes, a leitura que fazemos passa pelo nossa censura que está no momento mediada pelo medo, dúvida, ansiedade – inimigos potentes contra a razão e clareza de ideias. Mas podemos driblar todas essas dificuldades e tornarmos a consulta a nossas cartas não só um hábito como um potente instrumento de autoconhecimento. Seguem cinco passos importantes que podem ajudar você nesta autodescoberta.

Cinco passos para consultar suas cartas sem medo

O primeiro passo para desenvolver sua habilidade de consultar as cartas é ter em mente algumas perguntas como: “Eu realmente quero saber a resposta para essa questão?”, “Ter essa resposta nesse momento seria realmente viável, ou seja, poderia me ajudar?” e, talvez a mais importante delas: “Estou realmente preparada para fazer essa pergunta e saber o que as cartas têm  a me dizer?”. Pode parecer ridículo fazermos essas reflexões, mas em alguns momentos somos levados pela ansiedade apenas e uma consulta às cartas, pode, em vez de nos ajudar, gerar maior ansiedade ou dúvida. Por isso, reflita sobre a validade de sua consulta antes de iniciá-la.

O segundo passo é fazer perguntas objetivas, diretas, que possam ser respondidas com SIM ou NÃO. Formule a pergunta de maneira clara. Evite expressões tais como: “Qual o melhor caminho a seguir?” ou então “Como posso conseguir tal trabalho?”. Empregue expressões mais simples, que a princípio, vão te aconselhar com respostas de SIM E NÃO. Por exemplo: “Vale a pena, neste momento, investir em tal caminho?”, ” As estratégias que estou usando para conseguir tal trabalho, podem me  trazer resultados positivos?”. E assim por diante.

O terceiro passo para fazer a pergunta desejada é procurar por lugares tranquilos e manter sua mente focada. Embaralhe suas cartas, estenda-as em forma de leque – ou como preferir – a sua frente e escolha apenas uma carta como resposta. Pense sobre ela, aprofunde-se e se, possível, baseando-se nos significados dessa carta, procure contextualizá-la, entendendo melhor o conselho que lhe foi dado. Com o tempo e a prática, você poderá aprofundar sua “autoconsulta”, partindo para outras técnicas de tiragem como a de três ou cinco cartas  aprofundando assim, o teor de sua consulta, podendo explorar outros aspectos sobre o fato analisado.

O quarto passo nessa caminhada com as cartas:   não banalize sua consulta às cartas com perguntas sem sentido, fúteis, da vida cotidiana cujas respostas podem ser facilmente verificadas através, inclusive do bom senso. O respeito ao seu momento com suas cartas faz parte do amadurecimento dessa relação entre você e suas cartas.  Procure pelas cartas quando realmente precisar de uma orientação relevante, busque por uma orientação que possa realmente trazer um caminho para a solução do problema que está enfrentando.

O quinto passo e não menos importante: acate a primeira resposta que você obtiver, seja ela positiva ou negativa. Não permita que sua insegurança em aceitar que tudo pode, sim, dar muito certo ou que sua frustração com uma resposta que veio na contra-mão do que você esperava coloquem em dúvida confiabilidade de sua consulta.

Esses cinco passos podem ajudar você a iniciar um longo caminho de aconselhamento e de autoconhecimento através da consulta de suas próprias. Lembre-se de que seu tarô, seu baralho cigano, enfim, suas cartas, são suas e você – mais ninguém – tem esse poder de conversar com elas, ouvi-las e entendê-las. Se não somos capazes de interpretarmos nosso próprio jogo, o que nos garante que podemos fazê-lo para o outro?

Todos os dias, antes de começar seu dia, puxar uma carta para simplesmente ouvir o conselho que elas têm para você, é uma maneira muito legal de, aos poucos, se entender com elas e adquirir, cada vez mais, uma maior confiança no que elas têm a lhe dizer.

Boas coisas, sempre.

Vento de Lua Cheia

 

 

 

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